terça-feira, 20 de setembro de 2011

Doutora Márcia responde perguntas de leitores

Semana passada, uma nota publicada pelo jornal Gazeta de Nova Serrana dava conta de que uma eventual tentativa de entrevista com a vice-prefeita, Maria Márcia Jardim Gripp (Dra. Márcia) não se teria concluído em virtude de pronto desinteresse da médica em responder as perguntas enviadas.
 
Mesmo tendo sido comunicado pela vice-prefeita da sua impossibilidade de atender à jornalista por falta de tempo, o jornal optou por sugerir que esta não teria retornado por indisposição de responder às perguntas, quando o motivo era claramente a indisponibilidade.
 
No dia 13, Dra. Márcia recebeu um e-mail da redação daquele órgão de imprensa cobrando novamente as respostas, que segundo a médica, só foi possível atender na sexta-feira, dia 16, como consta da mensagem envida à redação do Gazeta, junto com uma desculpa pela demora.
 
Da mensagem constava ainda a explicação pelo não atendimento imediato: "Boa tarde Carina, desculpe não ter mandado antes as respostas pois estive muito ocupada em meu trabalho já que o Dr. Caio está em viagem e tive que trabalhar mais do que o normal... em anexo vão as respostas; se elas ainda forem necessárias...". Abraço, Márcia.
 
Mesmo tendo chegado no dia em que circula o jornal, por não tratar-se de uma matéria com data de validade, as respostas enviadas poderiam ser publicadas em qualquer edição subsequente. Como a jornalista deixou claro que as perguntas eram de interesse e enviadas à redação pela população de Nova Serrana, Dra. Márcia procurou este Popular e achou por bem, publicar as respostas às perguntas neste bissemanário, com o objetivo de chegar também e mais rápido (dado o fato de que tem esta edição de terça) à mesma população apontada como a fonte dos questionamentos.
 
1 - Temos recebido diversos telefonemas de pessoas querendo saber se a Senhora pediu exoneração do cargo de vice-prefeita ou continua exercendo o cargo? O que é feito do seu salário?
 
Dra. Márcia - Primeiramente quero agradecer a oportunidade de externar à população de Nova Serrana, a frustração e o sentimento que nutre esta cidadã em face da confiança recebida de boa parte da população desta cidade.
 
Não pedi exoneração do meu cargo de Vice Prefeita visto que fui eleita no pleito de 2009 e a minha insatisfação com as diretrizes da administração não me obriga a sair do cargo, muito pelo contrário, delega-me responsabilidades de comprometimento, acompanhamento e alerta quando oportunos.
 
Ocorre que estou impossibilitada de participar da administração com vistas a cumprir ou fazer cumprir os compromissos de campanha. No período que estive junto à administração municipal sempre procurei buscar uma participação maior, o que não consegui, por restrições a mim impostas pela falta de informações e de convites para participação em reuniões que objetivassem a satisfação das necessidades e da comunidade e desenvolvimento do município.
 
Tais restrições se concretizaram, finalmente, com a não disponibilização de um espaço físico adequado no Centro Administrativo, onde me fosse permitido atender as pessoas com um mínimo de dignidade e respeito, conforme pôde ser visto por todos que ali me procuravam. E isto permaneceu por um ano e meio, até a ruptura definitiva.
 
Quanto ao cargo, a legislação Brasileira dedica aos vice-prefeitos prerrogativas clássicas quais sejam substituir o Titular, no caso de impedimento, e suceder-lhe, no caso de vaga. Desta forma, não se pode juridicamente dizer de "atribuições" do vice-prefeito.
 
Na verdade, o vice-prefeito encontra-se "de prontidão", no sentido de "prestes ou pronto a agir, a entrar em ação" no lugar do titular. Terá funções a exercer quando estiver no exercício do cargo de titular, mas aí não as estará exercendo na qualidade de vice." (jurista Dr. Sidnei di Bacco)
 
E quanto à remuneração:
"É devida remuneração ao vice pelo simples estado de prontidão em que ele se encontra, independentemente de qualquer contraprestação. A remuneração tem natureza indenizatória e visa a compensá-lo pelos gravames a ele infringidos, pois a condição de vice obriga-o a estar sempre alerta". "A remuneração recebida pelo titular, por outro lado, tem natureza contraprestacional..."
 
Dentro deste quadro, estou exercendo plenamente as funções para quais fui legitimamente eleita pelo povo de Nova Serrana. De qualquer maneira, ao romper com a administração, achei por bem reiniciar meus atendimentos como cirurgiã, na Policlínica. Tenho certeza que isto ajudou a melhorar a prestação dos serviços médicos à população, que vem sofrendo muito.
 
2 - Como está a situação da senhora com a prefeitura?
 
Dra. Márcia - Embora ciente de que alguns secretários são eficientes e "fazem das tripas coração" para realizar um trabalho bem feito, foi com muita tristeza que vi se instalar em nossa cidade, pessoas de vida pública de outros municípios, que ganharam espaço na prefeitura de Nova Serrana, constituindo um modelo de gestão centralizador e personalista.
 
Sei que é incontestável a necessidade de utilizarmos de serviços de outros municípios porque estamos em uma sociedade de trocas - é o mundo globalizado - mas sei, também, que é imprescindível valorizar nosso indivíduo, a nossa coletividade e, principalmente, priorizar os serviços disponíveis em nossa cidade, os quais conheço e, não tenho dúvidas, certamente são de grande qualidade.
 
Sei que são múltiplas as situações em que servidores são tratados com desrespeito, que cidadãos e cidadãs que procuram os serviços públicos municipais são humilhados, como se fosse um favor e não um dever atendê-los.
 
Estamos percebendo em todos os lados de Nova Serrana, um sentimento de desilusão crescente em nossa população. Este também é o meu sentimento...
 
3 - A senhora rompeu relações políticas e pessoais com o prefeito Paulo Cesar? Como é a comunicação entre vocês dois, considerando que o trabalho dos dois é necessário ao município? O que aconteceu?
 
Dra. Márcia - Inicialmente quero deixar bem claro que em momento algum me arrependi de ter participado ativamente na eleição do Prefeito Paulo Cesar. Entretanto, inúmeros foram os questionamentos recebidos da população sobre os trabalhos desenvolvidos pela Prefeitura e quanto à realização dos compromissos de campanha, especialmente nas áreas da saúde, educação e segurança.
 
Como é de conhecimento de toda a população, eu entrei no pleito eleitoral passado principalmente com o objetivo de melhorar a saúde de Nova Serrana já que atuo nesta área há 21 anos e sei as dificuldades que tanto os usuários quanto os médicos passam, sendo, à época, firmado um compromisso, comigo e com os eleitores do município, de que quando ganhássemos as eleições "as coisas" mudariam para melhor.
 
A Constituição Federal assegura a todos os cidadãos brasileiros o direito à saúde. Este direito deve ser assegurado pelo poder público em todas as esferas – federal, estadual e municipal, por meio de políticas voltadas para diminuir o risco de doenças e que possibilitem a implementação de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde.
 
Após assumirmos a Prefeitura, ocorreram muitas solicitações e, até mesmo, discussões que demonstravam minha preocupação e necessidade de medidas urgentes, mas não consegui concretizá-las, já que vice-prefeito não tem a "caneta na mão".
 
4 - A senhora sempre foi uma pessoa atuante, o que tem feito em prol da população da cidade?
 
Dra. Márcia - Conforme foi dito anteriormente, mesmo na época em que estava tentando atuar, não pude e nem posso decidir sobre mudanças na saúde ou outra área. Não tenho, legalmente, o poder de decisão. Continuo a atender pacientes na Policlínica.
 
Mas quero deixar bem claro que por esta cidade eu tenho muito amor e continuo ao lado da população, do povo simples e trabalhador, na luta cotidiana para que seus direitos sejam garantidos, sua dignidade respeitada e para que sejam realizados projetos que farão desta cidade um lugar melhor de se viver. Só assim teremos a apropriação coletiva de Nova Serrana pelos seus cidadãos e a preservação dos interesses do povo e do desenvolvimento de nosso município.
 
5 - É verdade que a senhora poderá disputar as eleições de 2012 ao lado do presidente da Câmara, Euzébio Lago? Ou será uma candidatura própria?
 
Dra. Márcia - Quanto ao meu futuro político ainda não há definição.
Venho recebendo propostas de várias pessoas e partidos, mas no momento, a minha preocupação é a reestruturação do PMDB de Nova Serrana que sempre foi um partido forte e que há algum tempo estava hibernando.
 
Há alguns meses conseguimos fazer algumas mudanças no partido e acredito que conseguiremos fortalecê-lo e retornar aos seus bons tempos.
 
6 - Como a senhora, que é médica, acompanha os trabalhos e as dificuldades da área da Saúde no município?
 
Dra. Márcia - Na saúde, minha preocupação maior é com o Hospital São José. Ele é o único no município e apesar de sua precária situação, responde por 85% dos atendimentos do SUS. Mesmo sabendo que o Hospital São José é de responsabilidade da Fundação Vicentina, a responsabilidade da saúde no município continua sendo do gestor municipal e por isso é importante que a Prefeitura Municipal seja mais parceira do que vem sendo.
 
A Emenda Constitucional nº 29/2000 reconhece e estabelece limites de recursos ao poder público federal, estadual e municipal. Ocorre que a falta de um projeto integrado em nosso município inviabiliza muitas ações factíveis dentro desta área que infelizmente não tenho oportunidade de implementar.
 
7 - Deixo espaço para considerações.
 
Dra. Márcia - Eu acredito em um sistema integrado de participação popular, transparência administrativa, democratização do exercício da máquina pública, divulgação das receitas e gastos da prefeitura em locais públicos na cidade, porque só assim serão priorizadas as necessidades de nosso povo.
 
Quanto à saúde, não basta termos um bom programa. É preciso que o secretário de saúde, além de idealismo, capacidade e responsabilidade, tenha autonomia e apoio do gestor municipal, pois só desta forma conseguiremos realizar ações realmente concretas para solucionarmos o problema mais crítico de nossa cidade...
 
Sei bem que saúde pública, em nosso país, sempre deixa a desejar, mas é preciso que seja feito o máximo para amenizarmos o sofrimento da população, principalmente a parcela menos favorecida, garantindo um direito básico e constitucional. É responsabilidade e dever da administração zelar por esse direito...
 
Voltando ao Hospital São José, em 1990, quando aqui cheguei, pudemos contar com todo o apoio da Prefeitura, pois ela era a sua mantenedora. No entanto, quando esta responsabilidade voltou às mãos da Fundação Vicentina, apesar da disponibilidade e da boa vontade dos seus membros, não foi encontrada, ainda, uma fórmula para ajudar a instituição.
 
Sabemos da necessidade de uma administração mais eficiente, mais profissional e devido a isso, estamos fazendo reuniões com a direção da Fundação. Foram feitos também eventos festivos para, além de levantarmos fundos de ajuda, sabermos a verdadeira opinião da população quanto ao Hospital São José; o que foi muito bom porque descobrimos que a comunidade sabe da sua importância e necessidade.
 
A saúde básica faz a procura ativa e a seleção de pacientes que serão encaminhados ao Hospital, mas e os recursos do Hospital? E suas condições de atendimento? Por isso necessitamos de ajuda para o Hospital São José.
 
E finalizando... Apesar da necessidade, não adianta serem inaugurados Programas de Saúde da Família, UPA’S, UTI’s ou outros postos de atendimento, pois em todo lugar, a saúde funciona como um funil .
Se considerarmos uma pirâmide hierárquica, em face do grau de complexidade, sendo as unidades de saúde a sua base, teremos: Região, Pólo, Município e Unidades de saúde. Se Nova Serrana é reconhecidamente um pólo industrial, por que não fazermos de nossa cidade uma referência regional em saúde?
 
Tenho muitas dificuldades em continuar defendendo o uso de verba para fazer praças, fontes, estádios e outras enquanto na saúde, as condições continuam ainda deixando muito a desejar.
Quero voltar a agradecer a oportunidade e me dirigir principalmente àqueles cidadãos que acreditaram em nossa proposta. Não vou deixar de contribuir ainda que com os necessários alertas à população, visando à melhoria de nossa gestão pública.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Manifestção na BR 262

Moradores do bairro Novo Horizonte, Concesso Elias e Veredas da Serra pararam a BR-262 na tarde de quinta-feira (15) em protesto por mais segurança no local. Os moradores reivindicam as promessas de campanha do prefeito que, na época, garantiu a construção de uma trincheira no local para evitar que os trabalhadores precisassem atravessar a rodovia para irem para o trabalho.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vermelho de raiva

Esta Semana, algo diferente correu pelas águas de um de nossos ribeirões: algo indefinido.
Além de toda poluição e mau cheiro, que paira em certos momentos do dia.
Algumas pessoas dizem que, nossos ribeirões não estão mais poluídos e nem sentem mau cheiro nas águas. Penso que estamos precisando urgentemente no quadro clinico de nosso carente Hospital médicos especialistas, principalmente oftalmologistas e otorrinolaringologistas, pra cuidar da visão e do olfato de muita gente.
Na quinta feira, 8, quem passou nas proximidades do bar do Pisquila, por volta de 10h às 12h, pode observar e notar um caldo vermelho se misturando à habitual cor negra das águas, tornando-se uma tenebrosa cor rósea, sem vida, opaca.
Não foi possível identificar de onde saiu tal produto e nem o que era, pois para tal seria necessário que fosse feito algum tipo de análise laboratorial para identificar o que era. E, a partir daí, buscar uma forma de se localizar o responsável (não existe recurso pra isso e muito menos interesse). No momento em que era feita a foto para essa matéria, alguém (um transeunte não identificado), que passava pelo local, fez o seguinte comentário.
— "Ultimamente, estão falando tanta mentira a respeito da limpeza do ribeirão, que até ele ficou vermelho de raiva". Eu faço parte do Codema e sou um dos que muito falam sobre o ribeirão, até já fiz outras matérias sobre sua limpeza.
Falei inclusive de uma empresa que aqui veio e que estaria fazendo um trabalho junto a população ribeirinha, tanto em questões de conscientização, como em casos de possíveis desapropriações e indenizações, mas, não estou vendo ninguém mais falar nisso. Talvez por isso o ribeirão ficou vermelho de raiva.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Bombeiro Mirim de Nova Serrana recebe medalha do Corpo de Bombeiros

Débora Aparecida Dionísio Silva foi aluna do Projeto Bombeiro em 2008, realizado pelo 5º Pelotão de Bombeiros de Nova Serrana. Em 2010, Débora ajudou a salvar um menino que se afogava em uma lagoa no Bairro Santa Cruz. Após o menino ser retirado da água, Débora colocou em prática os procedimentos básicos de emergência ensinados durante o curso de Bombeiro Mirim e possibilitou que o menino sobrevivesse até a chegada do Corpo de Bombeiros. A menina na época tinha 14 anos e o fato teve repercução nacional, sendo o mérito reconhecido no Alto Comando do Corpo de Bombeiros.
Em virtude disso, no dia 29 de agosto, dia do centenário do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Débora Silva foi agraciada com a Medalha da Ordem do Mérito D. Pedro II, o fundador do Corpo de Bombeiros no Brasil.
A medalha é uma das maiores comendas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e foi entregue durante a Solenidade dos 100 anos da corporação, realizada na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Débora, juntamente com autoridades civis e militares, recebeu a medalha das mãos do coronel Matuzail, oficial do alto comando da instituição, e do tenente-coronel Matos, comandante do 10º Batalhão de Divinópolis. Débora é a pessoa mais jovem a receber a medalha D. Pedro II, desde que a comenda foi instituída na Corporação.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mais dois assassinatos elevam para 13 o número de homicídios ocorridos este ano

Após uma pequena pausa, dois assassinatos aconteceram praticamente de um dia para o outro em Nova Serrana. O primeiro, na quinta-feira (1º), deixou morto Adenivio José dos Santos, conhecido como Denilson ou Quatorze, com quatro tiros, no Romeu Duarte. O segundo aconteceu no Frei Paulo, onde Heraldo Jaconi da Silva, vulgo Langão, levou cinco tiros em sua residência.
Com mais estas mortes, os assassinatos em Nova Serrana, apenas em 2011 já sobem para 13.
No dia 1º, por volta das 23h, a Polícia Militar compareceu à feira popular da do Romeu Duarte, onde Denilson, de 33 anos, estava caído na calçada, de bruços, com algumas perfurações na cabeça, causadas por arma de fogo, já sem vida e com perda de massa encefálica. O local foi isolado e a perícia técnica foi acionada. O perito que constatou que o homem havia levado quatro tiros na cabeça, possivelmente de calibre 38. Populares informaram que o suposto autor teria chegado ao local numa motocicleta de cor preta e, sem retirar o capacete, aproximou-se da vítima e efetuou os disparos. No local, os militares constataram que havia uma câmera de vídeo monitoramento em uma farmácia, que registrou e gravou o crime, o que confirma que o autor já estava no local pouco antes do fato. O autor trajava na ocasião uma bermuda escura e justa nas pernas, com camisa de malha na cor verde e mangas compridas, tênis brancos, capacete preto na cabeça com um boné de aba branca sob o capacete e aparenta ser jovem, cor clara, altura entre 1,65 a 1,75 metros.
Após sair por alguns instantes o autor retorna às 22h50 e, sem dizer nada, se aproxima da vítima e efetua um disparo. A vítima cai e o autor se aproxima e termina a execução, fugindo em seguida numa moto, com modelo e placas não identificadas que não foi localizada.
Já no sábado (3), por volta das 17h, a PM compareceu à rua Elisa Pires, no bairro Frei Paulo, onde a mulher do homem conhecido como Langão, estava na porta de sua residência aos prantos pedindo socorro. Ela relatou aos policiais que saiu de casa por cerca de 40 minutos e quando retornou deparou com seu amásio, de 41 anos de idade, morto na varanda da cozinha. Os militares entraram na residência e depararam-se com a vítima, conhecido no meio policial por diversas passagens por tráfico de droga, assaltos e porte de arma, caído ao solo já sem vida, com varias sinais de perfurações provenientes possivelmente de arma de fogo. Próximo ao corpo foi encontrado três pedras de crack, uma lata de cerveja e uma marica, ambos os objetos usados no consumo de drogas e um projétil contorcido de calibre 38. Também foi encontrado próximo a vitima um coldre de revolver e um aparelho celular.
A PM recebeu informações via 190 que um rapaz já conhecido pela polícia, também com diversas passagens, fora visto próximo ao local do crime e que após o barulho de vários disparos, saiu correndo pelo quintal da residência com uma arma na mão.
Com o apoio de outras viaturas foi feito contato na residência do suspeito, que mora perto da casa da vítima, onde sua mãe relatou que o filho acabara de chegar em casa e logo saiu em direção ao São Marcos. Durante rastreamento obteve-se informações que o suspeito estaria na companhia de outro conhecido dos policiais, irmão de um traficante, e que ambos estariam transitando nas imediações do São Marcos em uma motocicleta. Os militares se deslocaram até a residência do homem citado pelas testemunhas e ali encontrada uma motocicleta do modelo mencionado, porém nenhum dos dois homens foi localizado.
O perito policial que atendeu à ocorrência constatou cinco perfurações na vítima, sendo uma na região do pescoço, tronco frente e costas, face lado esquerda e na mão direita, próximo ao dedo indicador.
Segundo relato da amásia da vítima, o revolver apreendido no dia 2, no bairro Industrial pertenceria à vítima.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O encontro entre Executivo e Legislativo

O prefeito Paulo César surpreendeu presentes e vereadores e apareceu na reunião ordinária da Câmara Municipal da última terça-feira (30) sem avisar. Paulo César foi até o legislativo cumprir o que tinha dito à esse Popular em entrevista. "Vou apresentar novamente os projetos de lei e vou pessoalmente à câmara explicar aos vereadores a necessidade da venda dos terrenos". "Coincidentemente" o vereador Aparecido Henrique apresentou um pedido de moção em homenagem ao prefeito pelos trabalhos realizados em prol da segurança pública do município.
Paulo só não havia dito a data certa em que ia aparecer ao Legislativo Municipal, dessa forma no tempo em que lhe coube para agradecer a moção, Paulo aproveitou para falar de dois projetos que tratam de venda de áreas públicas, inclusive os mesmos 52 mil m² de área incluídos no projeto 016 que foi rejeitado pela câmara há poucos meses.
Indicações
Os vereadores também fizeram algumas indicações na noite de terça-feira e aproveitaram a presença do chefe do executivo para dirigir-lhe diretamente a palavra. O presidente a casa, Euzébio Lago, indicou a mudança do nome da escola da comunidade de Areias para Conceição Teixeira Bueno. O motivo é homenagear a educadora pela competência com que prestou seus serviços à comunidade por mais de 30 anos. O vereador Dete pediu uma melhoria na calçada da rua Paraíba (campo do Juventus) que segundo ele está cheia de depressão e buracos. O vereador Heliene Alves Santana por sua vez pediu a revitalização da praça do distrito de Boa Vista com a colocação de árvores, bancos, iluminação e um ponto de apoio da Polícia Militar, garantindo um ambiente agradável e seguro para a população do distrito. Heliene também indicou a construção de uma quadra poliesportiva no bairro Concesso Elias.
O edil Ricardo Tobias pediu a colocação de um poste de iluminação pública num trecho da rua Messias Jerônimo no bairro São Geraldo. O vereador afirmou que o trecho encontra-se sem iluminação e por isso propício para a prática de crimes como o assalto. Por fim os vereadores Mauro José da Silveira E Cláudio Francisco indicaram ao executivo que estudasse a possibilidade de pedir ao governo do estado que doasse ao município o terreno onde era instalada cadeia para a construção de uma policlínica, já que o espaço da atual é insuficiente.
Moções
Duas moções também foram aprovadas na seção. Uma de autoria do presidente da casa para o inspetor de polícia Claudio Manuel Guimarães Pinto pelos 19 anos de serviços prestados ao município e outra do vereador Henrique HF ao prefeito Paulo César por sua dedicação e comprometimento com a segurança pública de Nova Serrana.
Sem meias palavras
O prefeito Paulo César levou à câmara meia dúzia do seu secretariado para dar apoio e assistir a explicação dos projetos levados por ele. Paulo agradeceu a moção à ele oferecida, lembrando que quando assumiu a administração garantiu que "bandido não teria vez em Nova Serrana", disse que não sabia da homenagem e afirmou que não só ele merecia recebê-la, mas também todos vereadores e toda a população de Nova Serrana. Entretanto ocupou a maior parte de seu tempo com o que disse ser o motivo principal de sua ida, a apresentação e explicação de dois projetos.
Seguindo a orientação do governo do Estado de que todos os municípios devem vender suas áreas e investir os recursos no próprio município, o prefeito de Nova Serrana apresentou dois projetos que tratam justamente da venda de áreas públicas para diminuir o déficit de moradia no município. Paulo apresentou um documento que comprova que o município de Nova Serrana tem mais de 600 mil m² de áreas remanescentes. Dessa forma, as áreas para alienação incluída nos projetos apresentados não passam de 10% das áreas do município. O documento apresentado pelo prefeito contraria o outro documento levado à público por Euzébio na reunião da semana passada e assinado pelo secretario de Governo, Eduardo Cançado, de onde constava que Nova Serrana tinha pouco mais de 100 mil m².
490 Casas, Fans e Apae
O primeiro projeto, 033/2011, trata da venda de uma área no bairro Cidade Nova, por um preço simbólico para a construção, na mesma área, de 490 casas através da segunda edição do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). O prefeito disse que a cidade foi contemplada pelo governo federal e precisa fechar acordo rapidamente com a Caixa Econômica para que as casas já comecem a ser construídas.
Dessa vez a renda familiar do interessado em adquirir um imóvel será de até 1.600 reais. Além disso, o contemplado pagará apenas 120 parcelas no valor de 10% de sua renda mensal. Exemplificando o prefeito citou que uma pessoa que tem renda de um salário mínimo R$545 por mês pagará 120 parcelas de R$54,50 (R$6.540,00) por um imóvel que terá um valor médio de 50 mil reais. O restante será coberto por subsídio do governo federal, garantiu o prefeito. As casas serão construídas com uma área 45m², com dois quartos, energia solar, banheiro e cozinha com azulejos até o teto. A construtora terá até 30 de dezembro desse ano para começar as obras e 12 meses para entregar os imóveis. Com isso o prefeito afirmou que está ultrapassando a meta de seu governo de construir 1000 casas no município durante sua administração.
Em contrapartida o município deve construir próxima à área uma escola, uma Unidade básica de Saúde (UBS) e uma creche Proinfância. Para isso o prefeito apresentou outro projeto, 034/2011, que prevê a venda das mesmas áreas do projeto 016 que foi recusado pela câmera. O recurso da vendas dessas áreas será investido na construção da escola (1,1 milhão), da UBS (500 mil), da creche (1,2 milhão), na conclusão da nova sede da FANS (1,8 milhão) e na conclusão da sede da APAE (600 mil reais). O valor total das obras será de 5,2 milhões de reais e a venda dos 51.600 m² pelo preço mínimo alcançará a cifra de pouco mais de 4,7 milhões.
O objetivo do prefeito não foi só apresentar o projeto, mas também explicar como direta e indiretamente os projetos vão beneficiar a cidade. Paulo salientou que com o recurso investido na nova dede da FANS a faculdade terá condições de aumentar o número de cursos, que já é uma de suas metas, diminuindo o número de jovens que vão procurar por cursos superiores fora da cidade. Hoje o município gasta 70 mil reais por mês pagando 50% do transporte dos universitários que saem da cidade pra estudar.
Sabatina
Depois de ouvirem as explicações do prefeito os vereadores o questionaram a respeito, por exemplo, do critério de seleção das pessoas contempladas com as casas e sobre o preço mínimo da venda das áreas. Paulo explicou que é a própria Caixa quem fará a seleção e que dará preferência para cidadãos em situação vulnerável como moradores de áreas de risco e para mães solteiras. Sobre o valor das áreas Paulo disse que é preciso pensar em um preço para valorizar a áreas, mas é preciso também pensar em um preço que garantirá a venda.
Outro questionamento que apareceu durante a reunião foi se as viaturas que serão compradas pelo município e doadas à Polícia Militar por meio do projeto 029 serão mesmo de propriedade do município ou do governo do Estado. O prefeito garantiu que será feito uma cessão de uso para a PM, mas que as viaturas são patrimônio do município.
Além disso, os vereadores também questionaram o prefeito sobre algumas obras que seriam realizadas com o recurso de outras áreas já alienadas, mas até o momento não saíram do papel. Uma delas é uma quadra poliesportiva no bairro Frei Paulo. O prefeito disse que a quadra ainda não foi construída por que a obra faz parte de outro projeto. Como a escola do bairro (Maria Manso) está em péssimas condições ela será demolida e no local erguida outra escola com uma quadra poliesportiva que poderá ser usada tanto pelos alunos quanto pelos moradores do bairro. A obra esta orçada em 1,2 milhões de reais. Por fim o prefeito manifestou o desejo de que as assessorias jurídicas do legislativo e do executivo discutissem juntas os próximos projetos que o executivo for elaborar e assim evitar desentendimentos e demora na aprovação.
Os vereadores garantiram que vão analisar os detalhes e a legalidade dos projetos, e se chegarem à conclusão de que são para o bem de Nova Serrana não terão receio em aprová-los.

Nova Serrana tem o maior orquidário de Minas Gerais

Tairone Fernando de Andrade, já cultiva orquídeas há treze anos. Só que de uns anos pra cá ele abraçou a causa para valer. O orquidófilo (nome que se dá a esse tipo de especialista) está à frente hoje do maior orquidário de Minas Gerais: em Nova Serrana. E não é exagero: segundo o próprio Tairone, que viaja e conhece diversos orquidários pelo Brasil afora, a informação é pra valer. O espaço onde funciona o Orquidário Ceres tem 300 metros quadrados de área, e quando ficar pronto o berçário de orquídeas, bromélias e outras plantas ornamentais exóticas, ao fundo da loja atual, serão 1.700 metros quadrados de área. O que pode bem transformá-la em uma das maiores do país.
A disposição de Tairone com as plantas surgiu há anos, quando o orquidófilo ainda trabalhava com bonsai. No entanto, era hobby e não dava dinheiro. Mesmo assim, ele diz que trabalhar com plantas é uma espécie de vício: a dedicação é tanta, que o conhecimento vem automaticamente. As pessoas começam a perguntar e se interessar. E querem ter alguma das plantas cultivadas. Daí para se profissionalizar é um pulo, segundo Tairone.
A atividade como trabalho começa quando as pessoas passam a procurar. A gente começa a ver que é possível encarar a coisa como um comércio. "E ter a chance de profissionalizar naquilo que temos já como hobby é muito bom, pois fazemos as coisas com prazer", conta o dono do Orquidário Ceres.
Tairone conta que sempre foi autodidata e que não há curso que seja capaz de ensinar tanto quanto a experiência adquirida com a experimentação. "Aprendi mais assim do que se eventualmente fosse procurar fora, em algum curso. É errando que a gente aprende a fazer certo. A gente erra muito e depois passa a acertar: e aí acerta bastante também", brinca.
Depois que parou de trabalhar com bonsai Tairone ficou um tempo parado. Isso porque bonsai é mais arte do que comércio. No entanto, quando resolveu cultivar orquídeas e encarar isso como profissão, voltou também a mexer comercialmente com as pequenas árvores japonesas.
Segundo o profissional, em Nova Serrana têm pelo menos quinze orquidófilos. Mas comercializando as plantas, apenas ele.
Questionado sobre a procura pelas flores existente na cidade, Tairone diz que é muita, mas que sua principal clientela (pelo menos 70%) é composta de pessoas em trânsito pela BR 262. E estas, conta, é que fazem a propaganda boca a boca.
"Quando se faz as coisas com carinho e dedicação e respeito ao cliente, o resultado é verdadeiro. As pessoas entram e veem a qualidade, quantidade de plantas à disposição, o bom atendimento e orientação e ficam satisfeitas. As pessoas veem que é possível ter uma bela planta em casa. Acabam voltando e gostam muito do que têm como resultado", comemora o orquidófilo.
"As pessoas dão de cara com esse monte de planta e ficam doidas. Além disso, eu dou muita consultoria". Ele diz que o grande diferencial do orquidário Ceres é que não se trata apenas de uma venda, já que as pessoas saem de lá sabendo tudo sobre o cultivo das orquídeas. Elas têm orientação e podem contar com consultoria e manutenção das plantas.
O Ceres disponibiliza orquídeas em muda, planta florida e para colecionador, que são as exóticas. E há opções (em termos de preço) para todos os públicos e gostos. Os preços variam entre 25 e 100 reais, que são as floridas. Mas Tairone diz que existem orquídeas de até 10 mil reais.
"Além disso é importante dizer que orquídeas são uma excelente presente", conclui.